— e se eu te fizesse ter lido Nadja em 68' ao invés de Marcuse? faria sentindo? ou não? É CLARO QUE NÃO FARIA SENTIDO, você me disse há alguns dias, respondendo rápido e como que murmurando entre as palavras ‘não, no Brasil de 1968, não se lia esse tipo de literatura, na situação sócio-política em que nos encontrávamos [nós, os jovens], se já não era mais sequer possível ler romances, o que dizer então dos surrealistas...'
[evidência histórica: n.1. A. Breton falece em Paris em 28.09.66. de insuficiência respiratória n.2. sem jamais ter sido torturado. n.3. n'um leito de l'hôpital Lariboisière n.4. e não no porão do DOPS ou n'uma gaveta do IML. n.5. e é talvez porque seu corpo pôde então ser enterrado sob este belo epitáfio no cimetière des Batignolles: "je cherche l’or du temps"].
11 comentários:
daniel, o que a gente pode fazer pra continuar sendo jovem em 1968?
ser jovem em 68 era o default, ana. a dificuldade maior é como se-lo em 2008 e tudo o que vem depois.
mas a minha pergunta foi justamente essa... como a gente faz pra continuar sendo jovem em 1968 em 2008?
é a que eu me coloco todo santo dia. bem vinda ao clube.
eu proponho uma suruba. pra começar.
eu proponho aqui em casa:
5, rue Henri Dubouillon. 75020 Paris, France. metrô Porte de lilas (linha 11) ou Saint Fargeau (linha 3 bis)
ps. é sério.
mika pode ir também? mesmo que ele esteja pouco se fodendo pra essa questao, que ache coisa de branleur?
:D
pode.
condição primeira da suruba: sair do cubo.
proponho: jardin du louvre. o metrô todo mundo sabe.
branleur ou não branleur, tá todo mundo convidado.
quando?
quem de dentro de casa nao sai, vai morrer sem comer ninguém.
Postar um comentário