15 de abril de 2009


    e se eu te fizesse ter lido Nadja em 68' ao invés de Marcuse? faria sentindo? ou não? É CLARO QUE NÃO FARIA SENTIDO, você me disse há alguns dias, respondendo rápido e como que murmurando entre as palavras ‘não, no Brasil de 1968, não se lia esse tipo de literatura, na situação sócio-política em que nos encontrávamos [nós, os jovens], se já não era mais sequer possível ler romances, o que dizer então dos surrealistas...' 

[evidência histórica: n.1. A. Breton falece em Paris em 28.09.66. de insuficiência respiratória n.2. sem jamais ter sido torturado. n.3. n'um leito de l'hôpital Lariboisière n.4. e não no porão do DOPS ou n'uma gaveta do IML. n.5. e é talvez porque seu corpo pôde então ser enterrado sob este belo epitáfio no cimetière des Batignolles: "je cherche l’or du temps"].

11 comentários:

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

daniel, o que a gente pode fazer pra continuar sendo jovem em 1968?

Daniel Jablonski disse...

ser jovem em 68 era o default, ana. a dificuldade maior é como se-lo em 2008 e tudo o que vem depois.

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

mas a minha pergunta foi justamente essa... como a gente faz pra continuar sendo jovem em 1968 em 2008?

Daniel Jablonski disse...

é a que eu me coloco todo santo dia. bem vinda ao clube.

Paloma disse...

eu proponho uma suruba. pra começar.

Daniel Jablonski disse...

eu proponho aqui em casa:
5, rue Henri Dubouillon. 75020 Paris, France. metrô Porte de lilas (linha 11) ou Saint Fargeau (linha 3 bis)
ps. é sério.

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

mika pode ir também? mesmo que ele esteja pouco se fodendo pra essa questao, que ache coisa de branleur?
:D

Daniel Jablonski disse...

pode.

Anônimo disse...

condição primeira da suruba: sair do cubo.
proponho: jardin du louvre. o metrô todo mundo sabe.
branleur ou não branleur, tá todo mundo convidado.

Daniel Jablonski disse...

quando?

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

quem de dentro de casa nao sai, vai morrer sem comer ninguém.