29 de junho de 2009

estudo n.1 - os componentes da máquina em número de 29.

E->M/P. [posição corporal — estudo].

Le magazine littéraire — hors-série no 13 Avril Mai 2008. enfin, il se peut — ce serait le cas de nos jours [1968] — que la volonté et surtout la conscience révolutionnaire se déplacent chez une couche de privilégiés ; les étudiants, avec du temps libre pour la réflexion et la possibilité de refuser un travail en sont une...

25 de junho de 2009

Mãe,

você me faz estirar as palavras que escrevo,

atrás de um sentido que não existe.


[a pólvora queima lenta, mas ainda, nesse meu futurismo corolário]

[i.l.a]

3. la latence (du latin latens, caché) désigne la qualité d'une propriété dissimulée et amenée à apparaître ultérieurement.

4. en psychanalyse certains éléments du subconscient qui se révèlent par la suite sont dits latents ; on désigne par période ou [phase de latence] sexuelle le moment de suspension du développement psychosexuel qui survient entre la crise œdipienne et la puberté.

18 de junho de 2009

Où ?

...c'est qu'il faut prendre à la lettre ce que nous enseigne la vision [diz o fenomenólogo, p. 83]: que par elle nous touchons le soleil, les étoiles, nous sommes en même temps partout, aussi près des lointains que des choses proches, et que même nôtre pouvoir de nous imaginer ailleurs — je suis à Petersbourg dans mon lit, à Paris, mes yeux voient le soleil.

[vois-tu? me vois-tu ?]

15 de junho de 2009

E/P->L. Lucas, você descobriu a pólvora o gatilho o estouro o disparo o coup de foudre. bam! l'acte surréaliste le plus simple consiste, dit Breton, révolvers aux poings, à descendre dans la rue et à tirer au hasard, bam ! bam ! tant qu'on peut, bam ! dans la foule qui gémit, qui a peur, qui ne veut pas rôtir in aeternum, bam ! et qui prie pour cela en silence ô Seigneur ! de reprendre, la vie, le métro, les cours, le cours de choses, le temps présent, comme hier, la guerre froide, la terreur atomique, les sciences européennes, les évaluations, les jugements de valeurs, ô Seigneur ! les valeurs, laissez-nous au moins les valeurs. bam !

et à la une, madame : c’est le génocide ! crime passionnel ? révolte étudiante ? attentat politique ? — les autorités n’écartent pas la possibilité d’un cas d’insanité...

bam !


[un spécialiste issu d’une prestigieuse clinique psychiatrique aurait lancé l’hypothèse d'« une sorte de lent transfert, de nature presque onirique, cheminant dans les zones les plus mystérieuses de la sensibilité », et qui aurait ainsi pu préparer chez l’assassin « la tentation fugitive de s'identifier à l'ange exterminateur de l'anarchie »].

12 de junho de 2009

Inconfessável n.1 o engajamento — photomaton [pela existência palpável d’uma relação aberta, ainda que oblíqua. é a terceira e ultima parte d’um jogo de corpo, que de tão lento mal se pode notar, eu sei, d’uma reflexão fotográfica panasonic photoshop photomaton começado pelas bandas de março e encerrada aqui : eis porque é e era tudo tão lento, tudo tão longo : porque era para você desde o início, porque a questão da transparência e da opacidade, da reflexão e da relação é, antes de tudo, a nossa — em tempo : para seu dia de anos].

pai, minhas mãos estão cheirando à pólvora [bam!], você entra n’um trem [o dinamismo da máquina], música, os aliados desembarcam na Normandia [les civils pris au piège des offensives et du feu aveugle des escadrilles B17], sirenes zunem pela cidade até a place Saint Michel [tiros, mortos, gritos], policiais e estudantes entram em choque na Saint-Jacques [grève, barricades, 68’], o silêncio, o meu corpo cambaleia n’um fim de tarde ainda fria de fevereiro rue Saint Martin [les frissons personnels sont ridicules], uma nova corrida atômica se arma a leste [o medo, o frio], os jornais abrem mão da imparcialidade e interpretam [transfert, miracle, ange exterminateur] — é escandaloso! — o homem pisa na lua na televisão [e o cinema americano informará], músicos tocam na rua adjacente ao Beaubourg [jazz, clarineta, acordeom], o silêncio, tudo para n’uma sala de aula da Sorbonne [os alunos, uma pedra], os olhos se abrem em sala de museu em Londres [os anus as bocetas os seios os tempos e as partes], Israel humilha em 6 dias os países vizinhos no Oriente Médio [a política de rupturas] as testemunhas contradizem-se em depoimentos à mídia [roteiros, cenário, traição, crime passional], você está no Rio de Janeiro [o luto, as coberturas de Ipanema], e eu sozinho no mundo em Saint Fargeau [à l’origine de tout, la Peur].

ici la guerre a eu lieu [a fumaça, as lágrimas, o vento] ? dedans, vois-tu ? as mãos cheirando à pólvora e os os olhos irritados [c’est donc hors du champ de vision qu’a lieu le premier homicide de cette intrigue implacable], me vois-tu ? [pleurer ?] isso, pai, essa pergunta, esse peso, esse pesar, era só para te dizer que não ! eu não vejo grande coisa ou sentido nessa coisa toda [ou por entre estes corpos caindo todos como coisas ao chão ao meu redor], pra te dizer finalmente não ! eu não vejo as coisas claras [você sabe], mas não obstante, pai, os olhos, eles estão bem abertos : ? ora, justo sobre onde, ontem, estas mesmas pálpebras, então adolescentes [2008], tombavam sob o peso do livro que você me deixou no bolso em Gare du Nord [Nadja],

mais precisamente sobre a página 109 aberta : je redoute plus que jamais sa disparition

[você entra n’um trem].

5 de junho de 2009

[investigações sobre a latência do amarelo]

1. mácula: má.cu.la. s. f.: mancha, estigma, ferrete (marca produzida por ferro em brasa, com que antigamente se marcavam [escravos, criminosos] etc.), sinal infamante, nódoa; labéu (nota infamante); infâmia; defeito, imperfeição, descrédito, vergonha, deslustre, desdouro, mancha na reputação, ignomínia; [zona corada da pele]; cicatriz de uma ferida ou chaga, sinal ou mancha naturais no corpo.

2. mácula ou macula lútea (do latim macula, "ponto" + lútea, "amarelo") é um [ponto ovalado de cor amarela] junto ao centro da retina do [olho humano]; tem um diâmetro de cerca 1,5 mm. do [ponto de vista] histológico, tem duas ou mais camadas de células ganglionares.

4 de junho de 2009

[le monde 05.06.09. […] les autorités en charge de l’affaire scabreuse qui a choqué Paris n’ont toujours pas d’informations qui pourraient mener à l’arrestation du  malfaiteur. 15 personnes sont décédées immédiatement, 7 ont été amenées à des hôpitaux locaux en très grave état, et au moins une trentaine ont été blessées lors de ce que les médias appellent déjà le 'massacre de Saint Michel', et qui a eu lieu hier en plein jour à la place homonyme. […] les motivations du crime restent inconnues. cependant, un témoin qui n’a pas voulu s’identifier (nous l’appellerons P.) pense avoir distingué les mots ‘scénario’, ‘corolaire’ et 'fiancée' parmi les cris de la foule mourante].