2 de fevereiro de 2009

E/L.10 porque as autoridades não podem pensar a cidade de Paris senão nestes eixos: latitude (abréviation: Lat. ou (φ) prononcé phi) et longitude (abréviation: Long. ou (λ) prononcé lambda), senão nos eixos lamda/phi que são os de Montmartre. porque as autoridades, nos lembram os futuristas, são essencialmente cubistas, e de um cubo inerte, nos lembra B., não se pode derivar o movimento dinâmico do futuro! de um espaço restrito à única figura do espaço (mesmo decomposto analiticamente em n dimensões) não se pode derivar o tempo concreto! — ou a duração, nas palavras de B. em 1907, ou o absoluto em que vivemos, na dos futuristas (primeiros leitores, dois anos mais tarde), sonhando então com uma futureidade de vida de tal forma absoluta que a coisa toda não pudesse ser diversa, se dar de outra forma, que a eterna velocidade onipresente não pudesse senão condenar à obsolescência todo e qualquer presente possível, toda coordenada, todo x, y, z, todo eixo, toda cadeira, toda cama, fazendo com que sentenças como “o Tempo e o Espaço morreram ontem”  sejam coisas que os cubos não pudessem cernir, e

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