28 de fevereiro de 2010

'un mythe c'est abstrait,

et moi je ne suis pas abstraite'.

[Brigitte Anne-Marie Bardot].

bam ! My dad’s dead ! eu tenho a arma no limite da subjetividade, eu tenho aobjetiva e vou disparar. você me vê, mamãe, o dedo no gatilho, disparando contra o meu próprio pai ? repetindo o gesto, o mito fundador ? recomeçando toda a história do zero ? — não vê ? não, eu não quero dizer que todo esse silêncio entre nós seja feito de reticências e não-ditos, de histórias que nunca nos contamos mas que sempre estiveram aí, como fantasmas, como traumas absolutos de quem viveu o que ninguém devia ter vivido, a tortura, ahumilhação, o frio insuportável. o esquecimento. é muito isso, mas não só. você sabe : ninguém sabe. de nada. eu nunca soube de nada que não acabasse por tomar aquelas velhas formas narrativas, opacas e apressadas, de relatos surdos e mudos, de lembranças fugidias.

3 comentários:

Anônimo disse...

DANI!!!!!!!

Anônimo disse...

nunca soube que seu modelo era a Brigitte Bardot??!!

Anônimo disse...

"paie ta bite" était plutôt une métaphore, mon gars. ;)