ora, fico cá pensando [o menino é um filósofo !], sozinho em meu quarto [é uma alma solitária !], não é essa a mesma condição, do amor e da história ? a ponderação minuciosa do silêncio das coisas, do nosso próprio silêncio, da violência estrutural dos homens, da nossa própria violência ? a insistência quase mecânica sobre as pequenas lacunas do discurso, sobre as nossas próprias lacunas ? a consciência aguda da reversibilidade das relações, das nossas próprias relações ? da inocência sem limites de um (suposto) amor puro e da violência sem limites da (alegada) inocência ?
mas é demasiado abstrato : não seria isso então, isso de contar ? isso de narrar ? isso de mostrar ? de aprender à mostrar do dedo, isso de querer abrir os olhos, de se abrir ao prazer de ver e ser visto, isso de se poder dizer, daqui, mas pra todo mundo
3 comentários:
nem aqui.
é claro que não está
.
isso é você numa foto
em dezembro de 2006
no meu aniversario
numa piscina de hotel
refletida no espelho
da minha casa em Paris
num dia qualquer de 2009.
é claro que não está.
C’est toujours et encore un amoureux qui parle et qui dit :
« Ce qui me blesse, ce sont les formes de la relation, ses images ; ou plutôt, ce que les autres nomment forme, je l’éprouve moi, comme force. L’image comme l’exemple pour l’obsessionnel – la chose même. L’amoureux est donc artiste, et son monde est bien un monde à l’envers, puisque toute image y est sa propre fin (rien au-delà de l’image). »
Fragments d'un discours amoureux(pour le meme Petit Prince)
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