22 de janeiro de 2009

Confissão (1/3): análise. tem já aí um tanto de tempo. aí mesmo digo, nessa figura, não em geral. tempo encerrado nos 3 eixos que sustentam o cubo que é o meu quarto suspenso no espaço da rua Henri Dubouillon como extensão nos eixos x, y, z. tem uns 20 dias coisa de 3 semanas cúbicas de tempo, calculo assim, por alto. anoto: 

o tempo que passei em C (de cama), ocupando uma mesmo posição E (de Ego). assim de olho, diria que bem como P (de Porta da cozinha — o limite superior, bem entendido) está em (3, 0, 5), E esteve por aí em (-3, -4, 2) de acordo com o padrão de orientação x, y, z. À partir da origem pontual (0, 0, 0) E orientou-se por essas 20 unidades de intervalo (tempo) que são os dias da semana (e do fim de semana) e que permitiram todo o movimento — embora pouco, coisa de dizer a verdade — executado então. Curiosamente, E passou estes intervalos de tempo basicamente no espaço C por ter de fazer um trabalho terminal (comprimindo nesses 20 inúmeros outros despendidos com outras atividades) sobre Bergson (aquele mesmo que não gosta de gavetas, de registros porque a memória não trabalharia em cartório, não necessitaria de burocratas nem de carimbo ou estampilha). chamemos, por comodidade de notação, Bergson de B. mas ora, vejam só! sobre o que mais versava o trabalho (T) a ser executado por E no intervalo E-E’ (sendo E’ o mesmo E 20 unidades mais tarde) senão sobre certa crítica endereçada da parte de B ao todo do pensamento ocidental (TPO) justamente acerca de uma suposta espacialização do tempo ? sobre o fato de B (extraindo-se intuitiva e discretamente do conjunto da condição humana [CH] — da qual participa TPO como sub-conjunto) notar uma certa tendência ([t]. obs: não confundir com T, de trabalho) inerente à CH (ah, esse homem! sempre aprontando das suas) à importar os critérios, projeções e fantasmagorias próprias à sua experiência, que é sobretudo a do espaço como receptáculo da matéria inerte ([MI]. ex: como E em C) em sua análise do fenômeno do tempo ? tendência à derivar o movimento do tempo da inércia do espaço, a heterogeneidade do tempo da homogeneidade do espaço, a dimensão do tempo dos eixos x, y, z do espaço. para fazer simples: a tese de B é: ninguém entendeu nada sobre o tempo, sobre a verdadeira dimensão do tempo, antes de B, do tempo de B, faute d'espace! faute à l’intelligence! faute à l’expérience! — diria ele (B).  Para maior clareza notemos apenas: ninguém (n) significa TPO (sub-conjunto que acaba por representar CH — pois que é afinal o (sub-)conjunto que interessa sobremaneira à B, sendo ele filósofo (f), e portanto elemento participante do sub-conjunto que é TPO). deduzimos naturalmente duas coisas: 1. B, estabelecendo uma critica à TPO, extrai a si e à todo o “(sub-sub-)conjunto f” da CH e sua experiência do espaço; como? com o elemento inesperado intuição (i) modulação da inteligência que é a condição da apreensão filosófico do tempo real, não derivado. e por outro lado, 2. E, sendo ≠ f (e portanto ≠ B), naturalmente um elemento participando ao sub-conjunto TPO (e este respectivamente à CH), fica absolutamente claro por meio dessa demonstração que aquele primeiro (E) não pôde compreender o tempo real, não teve tempo para isso, ocupado que estava pelo tempo falso, reversível, quantitativo, tentando comprimir algo como 80 unidades de duração em 20, na posição C (de cama) dentro do quarto dentro do espaço x, y, z.

3 comentários:

Anônimo disse...

(-5,-5, 7) portanto não configura um cubo.

Lucas C disse...

f:28/ad:125. Em outras palavras, df: fechada e abrangente.

Lucas C disse...

PS: foda-se o cubo?