é um trauma, é a tinta da caneta que escreve borrando a folha, desfigurando o texto, é a ponta do lápis que desenha atravessando o papel, rasgando a linha, a espiral, o traço. é a desmesura da pressão do tempo sobre a mão que escreve que desenha, que em todo caso traça o sentido, em certo sentido. e que cede, e que mancha, e que marca os papéis e cadernos e folhas e documentos com essa marca, que não é senão a marca do próprio tempo. é um trauma temporal, 2008. 40 anos depois de 68. ano em que a coisa deixou de fazer sentido, deixou de ter nome, em que todos os desenho, textos e traços traçados até então se perderam n'algum buraco e nunca mais.
ano em que o sentido do tempo, a direção histórica, deixou a figura do abstrato para se fazer sentir, como trauma no corpo.
2008 é meu 68, é o tempo passando em mim, por mim, na quase juventude de quase 23 anos do meu corpo. e eu não sei o que significa.
4 comentários:
2008/2.
(a verificao de palavras eh 'anateder'. e se a ana te der?)
quem comentou foi a ana, nao a carol. que fique claro.
Acho que é desse que eu gosto mais.
eles não são independentes.eles não existem sós.
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