28 de fevereiro de 2010

pai, a gente toda se ama, trai, se distrai, dança, se entedia, foge, constrói, muda, espera, é torturada, tortura, nasce, morre, no pau de arara, na geladeira, nos porões da ditadura, nos campos de concentração, tem ganas de pegar numa arma e atirar no primeiro com que cruzar na rua, de atirar contra a própria testa. e pronto, o ultimo buraco. mas é a vida que segue, e o mesmo Serge Gainsbourg, filhinho complexado de judeus imigrantes russos, há de querer um dia se prendre un flingue ('58) na merda de uma fita para scopitone rodada no metrô parisiense e no outro ('67) comer a Brigitte Bardot, e dizer :


"j'aime les femmes en tant qu'objet, les belle femmes, les mannequins, les modèles. c'est le peintre qui revient en moi, je ne leur dit jamais je t'aime".

[uma outra forma de amor, malgré tout].

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